"Pólos magnéticos iguais quando aproximados se repelem, enquanto pólos opostos se atraem." Surgiu a partir disto, a teoria de que nas relações afetivas, pessoas com personalidades opostas se atraem. Tenho a impressão de que esta idéia ideia foi reforçada graças aos filmes de comédia romântica adolescente, em que a líder de torcida gostosona e burra fica com o nerd excluído e inteligente. Na realidade, poderia haver uma atração sexual, mas a convivência acarretaria o fim da relação. E eu não sei de onde os filmes tiraram a ideia de que pessoas que não se suportam, na verdade se amam; é claro que muitas vezes implicamos com quem gostamos; pura infantilidade.
As teorias de que os opostos se atraem afirmam que uma pessoa semelhante se tornaria chata com o tempo, mas na prática isto não confere. Os estudos mais recentes mostram que ter personalidade similar e gostos em comum é mais importante do que concordar em religião, por exemplo, quando se trata de um relacionamento duradouro e feliz. Não estou dizendo que para dar certo, o casal tem que ter exatamente o mesmo gosto musical, estou dizendo que o relacionamento de uma pagodeira com um metaleiro provavelmente não tem futuro (mas isto também depende de outros fatores)!
A convivência tem o poder de tornar os indivíduos mais parecidos, é normal adquirirmos as manias das pessoas mais próximas, mas quando se trata de personalidades antagônicas, gera muitos desentendimentos. Os opostos podem se atrair, mas quando passar o "encanto", a relação vai se resumir em tentativas frustradas de um mudar o outro. Eu não daria certo com alguém que não gosta de ler; que não bebe cerveja e vinho; que não entende uma boa ironia; que me pede para baixar o volume do som ao tocar The Killers.
"- Como você e sua mulher se dão tão bem?
- Fácil, eu casei com a minha melhor amiga!"
(Idas e vindas do amor)
(Imagem do filme De repente 30) |
fonte: |
Nenhum comentário:
Postar um comentário