quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Saudades (Casimiro de Abreu)


Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!

Nessas horas de silêncio
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.

Então - proscrito e sozinho -
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
- Saudades - Dos meus amores
- Saudades - Da minha terra!
(Casimiro de Abreu) 

Um comentário:

  1. Olá minha querida amiga Le Maria, boa noite!!!
    Minha amiga, estamos aqui nessas horas mortas da noite para meditar e apreciar essa magnífica obra prima de Cassimiro de Abreu, uma poesia ímpar, um primor, adorei!!! Parabéns pela excelente escolha, adorei passar por aqui!
    Tenha uma linda noite e um maravilhoso e abençoado domingo, recheado com muitas alegrias!!!
    Abraços com carinho e muita paz!!!

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